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04/07/2024 · Atualizado às 08:54:00
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Segundo dados do SPC Brasil e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL Palmas), a inadimplência no Tocantins atingiu níveis alarmantes no ano de 2024. Até maio, foram registradas 387.986 dívidas, um aumento de 3,47% em relação ao ano anterior.
Cada tocantinense inadimplente possui em média duas dívidas, totalizando aproximadamente R$3.836,17 por pessoa. O detalhamento dos dados ainda mostra que 34,91% dos negativados do estado possuem dívidas de até R$500 e esse percentual aumenta para 49,62% quando consideradas dívidas de até R$1.000. Esses dados destacam uma realidade preocupante, refletindo não apenas o aumento na quantidade de dívidas, mas também o impacto econômico significativo sobre os indivíduos e suas famílias.
O levantamento ainda mostra que o tempo médio de atraso dos devedores é de 28,2 meses. Quanto a análise da inadimplência por gênero, a participação dos devedores por sexo segue equilibrada , sendo que os homens representam 50,47% do cadastro de inadimplentes e as mulheres, 49,53% .
Os tocantinenses de 30 a 39 anos são os que acumulam mais dívidas e representam 26,21% do cadastro de inadimplentes do SPC Brasil. Enquanto os idosos de 65 a 84 anos ocupam 10,22% da base de inadimplentes.
No aspecto setorial, os bancos lideram com 47,36% do total de dívidas em maio. Em contrapartida, serviços básicos como água e luz possuem uma participação menor, com 11,63%.
Para Silvan Portilho, presidente da CDL Palmas, a inadimplência representa uma preocupação significativa para o comércio local. "O comércio vê esses dados com muita preocupação porque sabemos que quando aumenta a inadimplência, a economia retrai, as vendas se tornam mais difíceis e as pessoas perdem o crédito. Isso não só afeta apenas quem está com dívidas em atraso, como também encarece o crédito para aqueles que pagam em dia, pois o custo da inadimplência acaba sendo repassado para todos, tornando mais caro obter financiamentos e empréstimos. Então, na verdade, todos saem perdendo, pois quem está inadimplente enfrenta juros elevados e necessita negociar suas dívidas, e os adimplentes também sofrem, já que o custo do financiamento aumenta com o crescimento da inadimplência. É realmente uma situação complicada e os dados nos deixam muito preocupados”.